Robótica avançará no Japão, dizem estudiosos

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Os robôs podem ocupar os postos de trabalho de 3,5 milhões de pessoas no Japão até 2025, de acordo com um grupo de especialistas, com a justificativa de que isso pode evitar a falta de de mão-de-obra que pode se reduzir junto com a população do país.

Um grupo de especialistas, a Machine Industry Memorial Foundation, afirma que os robôs podem preencher lacunas. Ao invés de substituirem pessoas, os robôs fariam os trabalhadores se focarem em coisas mais importantes. A fundação apontou também que o Japão pode economizar 2,1 trilhões de ienes (US$ 21 bilhões) em seguro de idosos em 2025 se usarem robôs que controlem a saúde dos mais velhos para que estes não dependam de cuidado médico humano.

O governo japonês estima que até 2030 o país sofrerá uma queda de 16% na quantidade de trabalhadores conforme o número de idosos cresce e até 2025 cerca de 40% da população terá mais de 65 anos. Mas este não é somente a única preocupação. A taxa atual de fertilidade é de 1,3 filhos por mulher, abaixo do nível necessário para manter a população.

A discussão acerca da mão de obra no país preocupa, já que o Japão não está acostumado nem se mostra disposto a aceitar a imigração em grande escala.

Mudanças

Segundo os pesquisadores, pessoas que cuidam de idosos ou crianças poderiam economizar uma hora por dia, caso os robôs ajudassem nesses cuidados ou na limpeza doméstica. As máquinas poderiam ler livros em voz alta ou ajudar no banho.

"Os robôs são importantes porque podem ajudar de alguma forma a aliviar a falta de mão-de-obra", afirma Takao Kobayashi, que trabalhou no estudo.

Kobayashi disse que mudanças terão de ser feitas para que os robôs criem impacto sobre a força de trabalho: "Há os altos preços, as funções dos robôs que ainda precisam melhorar, e há também a mentalidade das pessoas". "As pessoas precisam ter o desejo de usar os robôs", diz o pesquisador.

* Texto produzido com informações do G1 e FolhaOnline

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